Como a rosa perfuma a mão que a esmaga
A minh'alma perdoa os teus deslizes
Porque amor que não morre, e tem raízes
Faz a essência, no peito, encontrar vaga.
Se a distância nos fere feito a adaga
Da lembrança dos dias mais felizes
É provável que as nossas cicatrizes
Sejam marcas que o tempo nunca apaga.
E "quem sabe?" o destino, mais na frente,
Une os rastros de dor que fez da gente
Andarilhos do amor, sem vaidade...
E no abraço acalmando os meus anseios
Eu devolva no ardor entre teus seios,
Uma lágrima de amor ...e de Saudade!
Pedro Torres