Por mais de três anos e muitos penares
No solo rachado da seca inclemente
Vem vindo um inverno molhar novamente
O chão do sertão, caindo dos ares
Já tendo passado por tantos lugares
Vê-se o sertanejo quebrar a patente
Plantando a esperança da antiga semente
Pra colher bonança no quintal dos lares
Dois mil e catorze promete fartura
Que há cada 10 anos a chuva que cura
Retorna ao sertão pro fim da estiagem
Depois desse inverno, vem seca de novo
Torrar quase tudo, mas nunca esse povo
Guerreiro, valente, de muita coragem!
Pedro Torres