Jurou-me a rosa, criminosamente
Amar-me sempre, pela eternidade
Depois, feriu-me impiedosamente
Com seus espinhos, na fatalidade.
Se a rosa é bela, e vive em liberdade
Me regozija amá-la livremente
Flor tem espinho, pura e simplesmente,
E amor não vinga sem sinceridade.
Vem da lembrança do cheiro da rosa
Essa vontade linda e dolorosa
Todas as vezes quando ela se solta
E o seu perfume me deixou tão cego
Que essa saudade toda que eu carrego
Me serve apenas pra cantar revolta.
Pedro Torres