Margarida de muitos beija-flores
Que forneces pra tantos teu perfume
Não verás nesta vida um só queixume
De ninguém que provar dos teus sabores
Nos jardins perfumosos dos amores
Na disputa das flores, por costume
Tu não podes sequer sentir ciúme
D'outras flores que ofertem seus olores
És de muitos o néctar para a fome
Sem zelares, porém pelo teu nome
Só recebes alcunhas, por sobeja
Triste sina que tens flor margarida
Pertenceres a tantos nessa vida
Sem jamais pertencer-te quem te beija
Pedro Torres