Para a seca que se arrasta
Ir-se embora do sertão
(Para o Vinho do sermão)
Pro gado que já não pasta
Peço a Deus que dê um basta
Faça a esperança viva
Cuspindo a 'Santa Saliva'
No sertão formando chuvas
Que até as raríssimas uvas
Quando há chuva se cultiva
Neste inferno tão tacanho
Nós oramos para Deus
Que pelos desígnios Seus
Abasteça o seu rebanho
De chuvas lhes dê um banho
Que nesse tempo tão rude
Deus de toda a plenitude
Para nós mande a invernia
E sem ter velhacaria
Faça esborrotar açude
Na continuação eu peço desculpas pela irreverência, mas como disse o Poeta Manoel Filó: 'Quem pratica um ato errado / Dependendo da pessoa / Mesmo que seja pecado / Com certeza Deus perdoa.'
Pedro Torres