Sertanejo é um sujeito engraçado
- Já dizia o poeta que saiu de Petrolina, Geraldo Azevedo, quando lhe perguntaram se sentia saudade de sua terra, por ter saído de lá, ele disse: "Eu saí de lá, mas lá não saiu de mim".
- Pior que ser sertanejo e viver longe de sua terra, é trazer consigo o dom da poesia. A combinação tem um efeito terrível nesse sujeito.
- E assim se dá com o Pe. Brás Ivan Costa Santos. Vivendo atualmente na Suíça, onde estuda e exerce o sacerdócio, ele disse:
Longe dele me sinto saudosista
Cada frase que digo é como um mote
Choro tanto que quase turvo a vista
As lembranças me chegam de magote.
Perto dele me torno repentista
Tomo posse completa do meu dote
Mas me disse a razão que é realista
Que estou indo com muita sede ao pote.
E pra não viver criança
Distância de segurança
Manterei do Pajeú.
Ele Pajé e eu monge
Nos amaremos de longe
Sem ser nós, só eu e tu.
Poeta Pe. Brás Ivan Costa Santos