Quero a paz verdadeira
Eu quero um pouco de calma
Uma palavra derradeira,
Acalanto de minh’alma.
Quero o instante perdido
Naqueláguas benditas
Presente da fidalguia
De minh’alma tão criança
Tranborda a alegria em mim
Eu vejo o nascer poeta.
E trazes-me frases tão repletas
Tal perfume de jasmins.
Diz-me um verso que canto
Pra essas flores vermelhas
Diz-me um sentimento, eu sinto,
Em meu querer sincero.
Eu fico sem versos, poeta.
Pra dizer tanto o que quero.
Não rimo coisa com coisa
Embora fosse o desejo
E as cores que tanto espero
Desbotam quando te vejo.
Bebo da bebida amarga
Conto as primaveras
Tento descobrir segredos
Guardados no teu olhar
E estas flores me distraem
Fico perdido a vagar.
Pedro Torres