Venho te
pedir perdão,
Pelos golpes
e insultos
E as culpas
que te dão.
Dizem que és
inclemente
Causticante,
e renitente,
Isenta de
piedade.
Doadora de sobejos,
Madrasta dos
sertanejos,
E mãe da
calamidade.
És da fome
promotora
Da sede
fonte perene,
A maior
acionista
Da indústria
da Sudene.
Do desespero
és a farra,
Inspiração
da cigarra,
Patrocínio
da discórdia.
Tu és causa
de gemido.
Pra
sertanejo ferido:
Tiro de
misericórdia.
Mas na
verdade irmã seca,
Tu não tens
culpa de nada.
És bode expiatório,
De uma
política safada.
Que diz que
só faz o bem,
Roubando de
quem não tem,
Depois
usando teu nome.
Cria leis só
para alguns,
Leis que
enriquecem uns,
E matam
muitos de fome.
Não irmã, tu
não tens culpa
És um fator
natural,
No meu
nordeste tem seca
Mas é seca
de moral.
Temos uma
seca crítica
Mas é seca
de política
Que almeje o
bem comum.
E não nos dê
duras penas
Mate de fome
centenas
Para saciar
só um.
Desculpe
irmã seca insultos,
Acusas e
maldições.
Protestos
que tu recebes
Dos cariris
aos sertões.
O desespero
e a mágoa
Não são por
falta de água
E pão que a
todos comove.
É por que
gente que sonha
E politico
de vergonha
Há muito
tempo não chove.
Olá amigo Pedro,
ResponderExcluirparabéns pelo blog!!!!
Realmente essa poesia,é de cortar coração,não só pela sua beleza,mas pela realidade que ela nos mostra,afinal estamos passando a maior seca dos últimos 100 anos(pelo menos aqui na Paraíba)e é muito triste ver os animais morrendo por falta de alimento,e não poder fazer nada para mudar essa realidade...Infelizmente as autoridades, parecem quem não tem tanto interesse em resolver esses problemas das estiagens,e só fazem coisas paliativas,e não constroem abras que mudem a cara do nosso semiárido...
Abraço.
paulo Romero.
Meliponário Braz.
Caro Paulo Roberto:
ExcluirObrigado pela visita e palavras de estímulo.
Volte sempre e forte abraço,
Pedro Torres