Um beijo,
Eu quero um trago desse teu 'cigarro'
Do veneno, da
morte, o diacho!
Quero uma
brisa na tua cidade
E, Raio de
Sol, sabes que te quero!...
Quero ouvir
aquela velha melodia,
Que falava da
vida, do amor, da travessia?!
Quero ver-te debulhando as margaridas
'Num inverno
que chegue de repente'
Quero as
flores do jardim, mais coloridas,
Quero as águas transparentes de um riacho
Banhando a
história bonita do amor da gente.
E somos nós
os escritores do destino.
Serei broto num orvalho matutino,
Chorando a
manhã que foi embora.
É a poesia renascida, poeta,
As rimas
nossas mais inquietas,
As mensagens mais desconcertantes!
A alvorada dos pássaros mais cantantes
Os campos
mais verdes e risonhos
A primavera melhor
dos nossos sonhos.
Já não choro, minhas lágrimas já secaram!
Mas, sei das
tuas procuras...
Das buscas por outras esperanças.
Das viagens
por outras sertanias.
Da essência
sagrada da mudança
Dos momentos
de tristeza, e de alegrias.
Da gentileza do perfume, que te banha,
E da
distancia, que insiste.
Mas, não me
perguntes se estou triste,
Sabes bem
que sem nós o eu não existe.
Foi essa chuva que banhou o amor da gente?
'Não respondas, deixe-os imaginar'
Dos besouros que não tardam, nas lanternas.
E, ao nascer um novo luar... Outro beijo...
Mas, não se
acostume!
Pedro Torres