Na mesma linha da resposta ao poeta Augusto dos Anjos em Versos Íntimos, o Padre Poeta, Brás Costa, ouve o verso do poeta Olavo Bilac, Ouvir Estrelas:
Ouvir Estrelas
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no
entanto,
Que, para ouvi-las muita vez desperto
E abro as janelas, pálido
de espanto...
E conversamos toda noite, enquanto
A Via Láctea, como
um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as
procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que
conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizes, quando não estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter
ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
E diz:
Contemplação
Caro Bilac o teu verso
Ajudou-me a refletir
E ensinou-me a ouvir
As filhas do universo.
Quando as vejo reluzir
Fico por horas disperso
Vendo nelas refletir
O que calado converso.
As estrelas reticentes
São as minhas confidentes
Iguais as tuas estrelas.
As minhas são mais singelas
Tu conversavas com elas
Já eu me contento em vê-las.
Ô mundo grande, esse dos poetas!
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Dois poetas e um céu estrelado...
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Lua nova:
Andas tão formosa e bela,
Permita-nos do teu clarão...
Quando o céu é mais bonito
A reluzir no infinito,
Encantamentos do sertão,
Canto um canto, de verão...
Oh! Enamorada dos poetas,
Musa da inspiração,
Cede um brilho de poesia
Dai-nos da sorte desmedida
Dessa descoberta não tardia.
Permitas a essência
Do que há de mais sagrado
Aconteça nesse instante.
Que nada nesse mundo vale nada,
Nem vale esse choro derramado.
Dá-me um bocado do amor teu,
Não me importa se de falsidade,
Já conheço esse jogo de maldade
Vingue, e chega de tanta saudade!
Pedro Torres
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Uma outra alegria...
Um beijo,
Eu quero um trago desse teu 'cigarro'
Do veneno, da
morte, o diacho!
Quero uma
brisa na tua cidade
E, Raio de
Sol, sabes que te quero!...
Quero ouvir
aquela velha melodia,
Que falava da
vida, do amor, da travessia?!
Quero ver-te debulhando as margaridas
'Num inverno
que chegue de repente'
Quero as
flores do jardim, mais coloridas,
Quero as águas transparentes de um riacho
Banhando a
história bonita do amor da gente.
E somos nós
os escritores do destino.
Serei broto num orvalho matutino,
Chorando a
manhã que foi embora.
É a poesia renascida, poeta,
As rimas
nossas mais inquietas,
As mensagens mais desconcertantes!
A alvorada dos pássaros mais cantantes
Os campos
mais verdes e risonhos
A primavera melhor
dos nossos sonhos.
Já não choro, minhas lágrimas já secaram!
Mas, sei das
tuas procuras...
Das buscas por outras esperanças.
Das viagens
por outras sertanias.
Da essência
sagrada da mudança
Dos momentos
de tristeza, e de alegrias.
Da gentileza do perfume, que te banha,
E da
distancia, que insiste.
Mas, não me
perguntes se estou triste,
Sabes bem
que sem nós o eu não existe.
Foi essa chuva que banhou o amor da gente?
'Não respondas, deixe-os imaginar'
Dos besouros que não tardam, nas lanternas.
E, ao nascer um novo luar... Outro beijo...
Mas, não se
acostume!
Pedro Torres
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Volverán las oscuras golondrinas
Volverán las oscuras golondrinas
en tu balcón sus nidos a colgar,
y otra vez con el ala a sus cristales,
jugando llamarán;
pero aquellas que el vuelo refrenaban
tu hermosura y mi dicha al contemplar;
aquellas que aprendieron nuestros nombres,
esas... ¡no volverán!
Volverán las tupidas madreselvas
de tu jardín las tapias a escalar,
y otra vez a la tarde, aun mas hermosas,
sus flores abrirán;
pero aquellas cuajadas de rocío,
cuyas gotas mirábamos temblar
y caer, como lágrimas del día...
esas... ¡no volverán!
Volverán del amor en tus oídos
las palabras ardientes a sonar;
tu corazón, de su profundo sueño
tal vez despertará;
pero mudo y absorto y de rodillas
como se adora a Dios ante su altar,
como yo te he querido... desengáñate,
¡así no te querrán!
Gustavo Adolfo Becquer
en tu balcón sus nidos a colgar,
y otra vez con el ala a sus cristales,
jugando llamarán;
pero aquellas que el vuelo refrenaban
tu hermosura y mi dicha al contemplar;
aquellas que aprendieron nuestros nombres,
esas... ¡no volverán!
Volverán las tupidas madreselvas
de tu jardín las tapias a escalar,
y otra vez a la tarde, aun mas hermosas,
sus flores abrirán;
pero aquellas cuajadas de rocío,
cuyas gotas mirábamos temblar
y caer, como lágrimas del día...
esas... ¡no volverán!
Volverán del amor en tus oídos
las palabras ardientes a sonar;
tu corazón, de su profundo sueño
tal vez despertará;
pero mudo y absorto y de rodillas
como se adora a Dios ante su altar,
como yo te he querido... desengáñate,
¡así no te querrán!
Gustavo Adolfo Becquer
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