Amor que tarda
Noite que finda
Esperança vazia
Celeiro de vida...
Não querer falar
E não escutar
E fugir da luta
Sem se queimar...
Alvor d’outro dia
Se de iluminar
Arder dos olhos
Recriar a dança...
E sem qualidades
Em última centelha
O verso espelhar
Doer de saudades...
A pressa é o passo
Fatal da batalha
O cortar de navalha
Do fio e da morte...
Pretender o apreço?
Eis o recomeço
Do teu jardim
E nada de mim...
E, se me falto
Nada me sobra
A merda da obra
Gritar bem alto.
Pedro Torres