Quando a chuva serena cair, lá fora...
Quando o amor disser, não chora
Que já não vai embora...
Que o tempo, parou pra nós...
E jamais ficaríamos sós, àquela hora
Quando nosso amor é para sempre...
Lembra-te de tudo que aprendemos
Dos trovões na invernia: Amo você!
E beijos de relâmpago, um céu negro,
Iluminado em nosso canto, em verso
À noite de luar, numa luz de amar
As lágrimas, que não te furtariam a paz
À justa luta quanto digna a causa
Amamos até durante a despedida e, a vida
Viu-se principiar da nova estação, de regressar
Assistir a dor e conduzir um sorriso feroz...
E, sobre as pedras, a magia do horizonte atroz
Que ouvimos o infinito, e cada melodia da voz
Que se fez pra nós, até o surgir do outro dia...
Meu sol, minha vida, minha luz, meu tudo.
Só o polimento da mão separa a ágata,
Ah! Doce lado da minha amargura...
Pretensão de poeta falar do amor
E da dor que imensamente sente e,
Fingir-se tão completamente, o que deveras...
Que náufrago da própria embarcação!
E teus olhos, se porventura choras
É cascata de lágrimas que canta
O amor que a saudade decanta...
Vem, transborda-me a represa
E preenche-me de tua alegria
Faz-me pleno, em tua companhia
Sê comigo, a rima da minha poesia
Dá-me o sossego da tua inquietude
Depois de tudo, permanecer contigo
Quanto Arlequim ardesse e desejasse
Um amor de Colombina, em prantos
Partiria ao coração do Pierrot?!
Ah! Quanto quero isso, fevereiro...
Dizer-te, te amo, e a calmaria
De um sono razoável e, pra sempre!
O abissal carnaval!
Pedro Torres