Sou de quem me entrego, não de ninguém...
Soberanamente, sou da rima a verso inteiro...
Nada além...
Se não fiz sonetos, sou torto, proposital
Perdão...
Mas estou vivo, e vívida demais a lembrança...
Sei conhecer a rima e o compasso, poeta
É defeito, mas também não quero e suplico
Ser nada além, que somente isso, teu
Tua poesia subterrânea, submisso, eu
Tua agonia ao aproximar-se, do tocar
Meu poesia alucinada, de um eu azucrinado
Minha bailarina da vida, meu dia primaveril
Quem aquecer a alma deste poeta, senão tu?
Que ficas irrequieta, na aproximação...
De um só reparar, conserto, sacrificar!
Nas últimas, idéias minhas, indo.
Vai queimar tuas abadas, fica, morrerei.
Que eu vou ali mergulhar, sozinho, sei.
Ver se encontro o cobre, riqueza pobre.
Do Pedro de lá, que deu o grito sórdido.
Primeiro de independência, tristeza da princesa.
Quero teu pensamento alcançar, minha manhã
E peço por delicadeza, faça-me da tua nobreza
Motivo por qual lutar, porque gritarei o frio
E sentirei calafrios, porque detesto rimar
Vou arrancar a espada, encravada àquelas margens
Daquele sujeito forçoso, do hino da pátria, amada
Vou trazer qualquer trocado, e fazer um bom roçado
Pra nós plantar um bom milho, quem sabe até, colhê-los
Quem sabe a mim me permitirás, um dia, conhecê-los
Que restaria a este vate, senão com o vento bailar...
Apadrinhar teus renovos e olhar aquele povo
Que se pôs todo a cantar:
Adeus, até outro dia... Poeta!
Pedro Torres
A poesia viaja agora
ResponderExcluirpra um lugar distante
Leva com ela um amante
Que decidiu ir embora
Se despede nessa hora
Dizendo volto outro dia
Que a sua alegria
Presisa ser renovada
Pra voltar sendo rimada
Pra quem lhe fez covardia...
(Fernando Marques)
Faz eu chorar não poeta...
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