Sem querer, sem sonhar, sem esperança
Decidiu por um fim na própria vida!
Que ninguém vive só de ter lembrança
E, estas, tem só quem tem vida vivida.
Sua alma vagava, assim, perdida
Prosseguindo no curso da mudança
Vegetando, com toda a segurança,
De quem luta batalha já vencida.
Dirigiu-se à beirada de um abismo
Esquecido da fé, do catecismo,
Consciente que iria ao último porto...
Com seus olhos vidrados no infinito
Sem amor, sem saudade, no seu grito
Quis matar-se, porém, já estava morto!
Pedro Torres
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ResponderExcluirMuito obrigado Gyzelle Góes pelo carinho e pela visita ao meu blog.
ExcluirUm cheiro na alma, valeu!