Dessas dores no campo dos sentidos
Na estrada da vida em linhas tortas
Nossos sonhos de amar-se interrompidos
Repousando em almas semimortas
Vê-se o rio do choro abrir comportas
Pelos olhos de angústia ressequidos
Inundando de prantos coloridos
Os prazeres que fecharam suas portas
Todas cores do mundo desbotadas
E o cinza em tardes ensolaradas
Fazer sombra às noites de ilusão
Um aceno que fica na lembrança
E o afago da última esperança
Em lampejos de luz na escuridão.
Pedro Torres